GEOSENSOR

O termo sensoriamento remoto foi criado no início dos anos 1960 por Evlyn Pratt, para designar os instrumentos e técnicas que possibilitariam obter imagens de um objeto situado à distância remota.

E durante muito tempo a definição clássica apontou para um conjunto de técnicas relacionadas à aquisição, processamento, análise e interpretação de imagens obtidas de qualquer objeto ou fenômeno da superfície terrestre, ou mesmo planetária, sem que haja um contato físico de qualquer espécie entre o sensor e o objeto.

Agora, para que se cumpra essa parte “…sem que haja um contato físico…” a exigência é que possa existir uma condição de ausência de matéria no espaço entre o objeto e o sensor. Além disso, como consequência de exigência, a informação sobre o objeto terá de ser possível de ser transportada pelo espaço vazio. Finalmente, o processo para que a exigência seja satisfeita é que o elo de comunicação entre o objeto e o sensor seja a Radiação Eletromagnética – REM, a única forma de energia capaz de trafegar pelo espaço e supostamente pelo vácuo.

Ou seja, o que foi sempre encarado como uma técnica, com essa exigência, que traz essa consequência e que se realiza a partir do processo citado, posso lhe assegurar que o Sensoriamento Remoto, com letras maiúsculas, é uma CIÊNCIA.

Isso porque a espectroscopia que é o ramo da ciência que estuda a REM como função do comprimento de onda em que está sendo refletida, emitida ou espalhada por um gás, um líquido ou um sólido, lhe confere essa cientificidade. Além disso, como toda ciência, Sensoriamento Remoto possui nomenclatura e métodos próprios.

Além da espectroscopia, que é sua base científica, a ciência do Sensoriamento Remoto está estruturada em três grandes eixos: fundamentos de sistemas sensores, interpretação de imagens e processamento digital de imagens – o chamado PDI.

Sensoriamento Remoto é um mundo fascinante, tenho dito desde que comecei a popularizá-lo em redes sociais desde 2019. E quando comecei, de forma despretensiosa, fui divulgar o único material em língua portuguesa sobre espectroscopia que é o livro Reflectância dos Materiais Terrestres, obra na qual sou um dos três editores.

Foi num webinar sobre aplicações práticas da reflectância da vegetação que muitos dos mais de 500 presentes me perguntaram se eu não dava cursos online sobre Sensoriamento Remoto. E como já trabalhava há mais de 30 anos com o ensino do Sensoriamento Remoto, estruturei a nossa primeira formação, Processamento Digital de Imagens por Softwares Livres, nosso querido PDISL.

Ao mesmo tempo criamos o podcast O Fascinante Mundo do Sensoriamento Remoto, que hoje está com quase 200 episódios e que representa o maior podcast em língua portuguesa sobre Sensoriamento Remoto e Geotecnologias do mundo. Estamos com quase 50 mil downloads dos episódios e sendo ouvidos em mais de 48 países, além do Brasil.

Criamos também a nossa comunidade no Discord que congrega os estudantes das diversas formações e se tornou um espaço democrático de compartilhamento de dúvidas, informações, eventos, vagas de estágio e de emprego, entre outras possibilidades de integração.

Depois, naturalmente foram surgindo demandas de novas formações e estruturamos o PDIPy que se dedica a popularizar o processamento digital de imagens utilizando linguagem de programação Python. Uma demanda natural, pois o mercado tem exigido dos profissionais que conheçam as linguagens e automatizem seus processos. Com isso, suprimos uma lacuna muito grande na formação de Sensoriamento Remoto, na área de processamento digital de imagens. Além disso, incluímos na equipe o Prof. Gustavo Ferreira, meu estudante de doutorado, que sempre se destacou pelo profundo conhecimento de programação e por ser um expert em Sensoriamento Remoto. Com mais braços houve a necessidade de despersonalizar o trabalho em relação ao meu nome e criar uma marca que abrangesse nós dois. Daí surgiu o GeoSensor.

Mas precisávamos continuar ampliando as possibilidades de educação em Sensoriamento Remoto e a formação seguinte, Sistemas Sensores foi criada para explicar como funcionam os diversos tipos de sistemas de aquisição de dados, como são feitas as calibrações de alguns desses sistemas. Essa temática sempre foi minha linha principal de pesquisa e, com essa formação, suprimos o eixo dos fundamentos dos sistemas sensores.

Na sequência realizamos um grande feito que foi criar a mais completa formação de processamento digital de imagens de radar de abertura sintética ou PDISAR disponível na internet. Esse era um compromisso nosso com nossa audiência, pois não existe formação de processamento SAR no nível de graduação e na pós são raríssimos os programas que a oferecem. Essa era uma demanda legítima, pois os dados SAR vem sendo popularizados desde 2014, com a disponibilidade dos dados Sentinel-1, e a tendência é termos cada vez mais sistemas sensores SAR com dados gratuitos para serem explorados.

Para suprir o eixo de interpretação de imagens criamos aulas específicas dentro do PDISL e do PDIPy, mas ainda está no nosso radar a elaboração de uma formação mais ampla e específica nesse eixo de interpretação.

Mas, notamos, com a ampliação de nossa audiência, que estávamos convivendo com pessoas que não tinham noção de como começar nesse mundo fascinante e resolvemos criar nossa mais nova formação, Introdução ao Sensoriamento Remoto, que traz conhecimentos introdutórios da espectroscopia, bem como de interpretação e de PDI, além de introduzir a linguagem de programação R. Com isso, criamos um curso básico, porém, bem amplo, para quem quer ingressar no Sensoriamento Remoto.

Outra estratégia que adotamos foi criar minicursos para suprir demandas localizadas e hoje contamos com o de índices de vegetação e dois de geobia, sendo um com softwares livres ou interface gráfica e outro em linguagem de programação Python. São sempre desdobramentos de nossos eventos temáticos que realizamos sempre que vamos abrir novas turmas de nossas formações. E novos minicursos virão em breve.

E com isso, notamos que o GeoSensor, que foi um projeto despretensioso de popularização de Sensoriamento Remoto e Geotecnologias, com o rigor acadêmico e com eficiência no ensino, se tornou uma verdadeira escola ou academia. Quando percebemos tínhamos 5 formações, além de 3 minicursos, extremamente robustos, bem pensados e que cobriam todos os 3 eixos do Sensoriamento Remoto com um sucesso muito grande. A quantidade de pessoas que passaram a dominar essa ciência com muita propriedade é enorme. E gente do mundo todo, pois ensinamos muito no material gratuito divulgado semanalmente, nos diversos canais do GeoSensor e, principalmente, no podcast.

Então, é com muito orgulho que lhes apresento:

GEOSENSOR Academy

a maior e melhor plataforma de ensino do Sensoriamento Remoto e Geotecnologias na internet, e sempre em expansão. Muita coisa legal vem por aí. Fiquem atentos aos nossos eventos e aberturas de novas turmas e não se esqueça de conhecer as diversas formações do GEOSENSOR Academy.

Um grande abraço,

Prof. Gustavo Baptista

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