Por que devo aprender modelagem espectral se é tão complexo? Isso é para quem está pesquisando nessa área há muito tempo.

Você deve ter pensado nisso quando se deparou com um card nas redes sociais comigo e o Prof. Gustavo Ferreira te convidando para um evento cuja temática é essa. Por que que você vai se inscrever para assistir um tema que você só vê em grandes artigos científicos de grandes pesquisadores na área?

Pois é, te disseram que os índices espectrais, que são a parte mais famosa da modelagem, são só para grandes pesquisadores e que você só pode ficar observando e utilizando índices como todo mundo. Não é bem assim. É claro que a espectroscopia, que é a ciência por trás do Sensoriamento Remoto necessita de estudo e dedicação, mas isso é assim em todas as ciências.

Mas o legal é entender quais são os principais tipos de índices e começar a pensar nos seus problemas reais e tentar resolvê-los por meio deles. Eu mesmo, tenho índices desenvolvidos para solos, para vegetação e para atmosfera. E todos eles partem do princípio de compreender com um alvo reflete e absorve a luz nunca condição “normal” e como ele se comporta após a perturbação ou alteração daquilo que queremos medir. Ou seja, se eu quero entender como devo medir o impacto do fogo na vegetação, preciso compreender como é o espectro da vegetação sadia e dela queimada e verificar no que são diferentes.

E tem muito mais coisa legal que podemos fazer com modelagem espectral. Você pode entender como um novo sensor vai funcionar, muito antes dele ser colocado em órbita, por meio de simulação e ainda pode compreender como uma gramínea vai secando e como isso deve se apresentar nas imagens. Ou seja, é um mundo novo e fascinante batendo em sua porta. Falo disso com muita propriedade, pois é minha área de pesquisa há mais de 30 anos.

Um grande abraço!