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Sobre as possibilidades que o Sensoriamento Remoto nos abre

Prof. Gustavo Baptista

Ainda… Você está seguro sobre seu conhecimento em Sensoriamento Remoto?

Como tenho sempre comentado, todos os dias nos deparamos com imagens de satélite e isso é um indicativo extremamente importante sobre possibilidades de mercado. Mas não é só isso, tem muito mais vindo por aí.

Vamos começar com as perspectivas que foram apresentadas no último Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, que é um termômetro que deve sempre ser considerado. Quando avaliamos os trabalhos apresentados, o eixo temático que mais teve trabalhos foi o de Análise de Séries Temporais, seguido de Mudanças de Uso e Cobertura da Terra. Esses dois eixos juntos representaram mais de 20% dos trabalhos apresentados.

Isso mostra como as mudanças impostas pelo ser humano ao longo do tempo tem preocupado os pesquisadores, em virtude principalmente das questões relacionadas à degradação ambiental e seus impactos associados à emergência climática e à insegurança alimentar, entre outras questões fundamentais à manutenção da vida.

E nunca foi tão fácil monitorar o planeta, nas mais diversas escalas e em várias porções do espectro eletromagnético. Hoje a disponibilidade de dados gratuitos multiespectrais, hiperespectrais, tanto no espectro óptico refletido, no emitido, bem como nos retroespalhados, tem permitido uma grande possibilidade de integração e melhor compreensão da cobertura do planeta. E esses dados facilmente processados com a grande disponibilidade de softwares gratuitos e de bibliotecas de linguagens de programação de alto nível. Sem falar nas possibilidades de processamento de grandes volumes de dados e em nuvem que facilita cada vez mais o trato com séries históricas robustas.

Todo esse potencial de acesso e processamento nos permite, por exemplo, investigar quais são os ativos ambientais existentes numa determinada área e começar a colocá-los como alternativa econômica para que valha mais a pena, por exemplo, manter a vegetação em pé do que derrubá-la e converter seu uso para que algumas comodities sejam exploradas por serem mais interessantes, em termos de valor de mercado.

É uma mudança de paradigma muito importante, principalmente quando pensamos na Amazônia, que é a última grande reserva mineral do planeta e nas enormes pressões exercidas sobre o bioma.

Mas até mesmo no contexto amazônico, cujas condições climáticas são uma barreira, a diversidade de dados para monitoramento facilita em muito o trabalho, como pudemos ver no evento que fizemos no início do ano quando mostramos as potencialidades de dados SAR para verificar os processos de garimpo ilegal na TI Yanomami, em Roraima, bem como os processos de desmatamento no Parque Nacional do Jamanxim, no Pará.

Também mostramos como detectar mudanças decorrentes do processo de desmatamento na Amazônia com dados ópticos, num evento em agosto de 2021, nos baseando em técnicas de decomposição linear espectral dos dados. Estratégias muito eficientes quando pensamos, por exemplo, na lei da UE anti-desmatamento que proíbe a importação de produtos oriundos de áreas de florestas tropicais desmatadas.

Essa abordagem, no entanto, é avançada e pressupõem que você já é da área e que domina o Sensoriamento Remoto de forma satisfatória.

Voltando às impressões colhidas no SBSR, o futuro do Sensoriamento Remoto reside em saber trabalhar com dados hiperespectrais e dados SAR. Aliás, estamos aguardando as missões Biomass e NISAR que vão revolucionar a forma como observamos os ecossistemas ao longo do planeta. Mas isso é conversa para outro momento, quando já se está familiarizado com a ciência do Sensoriamento Remoto.

Talvez toda essa conversa tenha despertado em você dúvidas sobre o quanto você realmente sabe e o que pode fazer para ingressar nessa área tão promissora.

Então, não perde mais tempo e ingresse no fascinante mundo do Sensoriamento Remoto. Inscreva-se na nossa newsletter, acompanhe nossos conteúdos pelas redes sociais, canal do Youtube, blog, acompanhe nossos eventos gratuitos, curse nossas formações… Não deixe essa oportunidade passar.

Abraço!

Prof. Gustavo Baptista.

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