Quanto mais conhecemos sobre um assunto, mais percebemos os pontos cegos que correspondem ao que não sabemos ou, pior, ao que acreditávamos saber e descobrimos que tínhamos um entendimento equivocado.

Quando precisamos aplicar nosso conhecimento, seja aprofundando estudos de pós-graduação, seja atuando no mercado de trabalho, estamos sujeitos a cometer muitos erros sem desconfiar dos equívocos que produzimos.

O conhecimento é sempre como a linha do horizonte: você jamais vai alcançá-la, mas, ao persegui-la, você vai acumulando aprendizado bastante para que pouca coisa te surprenda.

Se você escolheu o Sensoriamento Remoto como meio de vida, iniciou uma busca que não terá fim.

É muito importante ter consciência disso, porque quem vive dessa ciência, ao se conformar com o que viu na graduação, não só fica para trás, como corre o risco de se enganar, porque processar e interpretar imagens de satélite requer conhecimento consistente.

Às vezes me deparo com alguém utilizando índices espectrais, certo ou certa de que está analisando áreas queimadas, mas na verdade o que a pessoa tem diante dos seus olhos é algo bem diferente: trata-se de corpos d’água. Como ambos apresentam baixa resposta espectral, a interpretação visual pode ser desafiadora, principalmente se os dados tiverem baixa resolução espacial.

Dá muito trabalho lidar com conhecimento e informação. Se você não tem disposição para correr atrás, se atualizar e manter uma continuidade na sua formação, melhor partir para outras atividades.

Com a escalada da demanda de atividades de monitoramento e das possibilidades dos diversos Sistemas Sensores, o horizonte para nós se distancia cada vez mais rápido!

Quanto mais a gente sabe, mais vislumbra o que há por saber.

E quando chega, professor? Alerta de spoiler: nunca é o bastante!

No episódio desta semana de O Fascinante Mundo do Sensoriamento Remoto – Em qual nível de conhecimento me encontro? – os professores Gustavo Baptista e Gustavo Ferreira falam disso e de situações de sofomania e de efeito Dunning-Kruger que encontram na sua vivência acadêmica e profissional. Se quiser saber mais, é só acessar o podcast aqui .

✔️ Ecossistemas e Tecnologias Digitais e Indústria 4.0

Esta semana, o professor Gustavo Baptista participou do Painel de Especialistas do Projeto Masterplan 2030.

Foi um evento fechado, em Brasília, promovido pela Agência Brasileirade Desenvolvimento Industrial – ABDI, em parceria com o SENAI Ceará e o Observatório da Indústria do Sistema FIEC.

Com representantes da academia, da iniciativa privada, do poder público e do terceiro setor, o objetivo é a construção de uma Agenda Prioritária com ações estratégicas solucionadoras dos entraves à competitividade das organizações brasileiras no contexto da Nova Economia: Economia Digital e Economia Verde.